Um herói que chegou ao melhor filme da MCU, relembrando seu legado numa aventura épica, emocionante e muito nostálgica.
A chegada de novos filmes do Homem Aranha nos cinemas foi um evento e tanto para quem é fã de super-heróis, desde sua estreia em 2002, passando pelo seu primeiro reboot em 2012, até a muito esperada chegada ao MCU e o inesperado sucesso no aranhaverso em desenho animado.
Cada aventura deste se tornou assunto
dentro e fora do mundo nerd e consciente de sua importância e de como o Miranha
conquistou tantos fãs nesses 20 anos a Sony e Marvel tomaram o caminho da
grande nostalgia e tornaram Sem Volta Para Casa uma grande surpresa e celebração
deste legado maravilhoso sem abandonar ou atrapalhar a atual jornada do amigão
da vizinhança.
A maior prova do não abandono está nos
primeiros minutos da produção, que começa exatamente do ponto onde
Homem-Aranha: Longe de Casa (2019) havia parado. Com o tom aventuroso e quase
descompromissado dos dois filmes anteriores, a história não demora muito para dar
ao jovem um gostinho das consequências de ser tratado como inimigo público pela
população depois de coisa que foram expostas da maneira errada. Por isso, ele
recorre ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) em busca de ajuda para seu
problema. Na melhor das intenções o mago acaba prestando auxílio ao rapaz após
discutirem qual a melhor opção, mas Petter acaba atrapalhando o feitiço ao
ponto de abrir várias frestas no multiverso fazendo com que pessoas que sabem que
Petter é o Homem Aranha em outros universos venham para este.
Aos poucos, o novo filme vai abandonando a
simplicidade que vêm sendo uma marca registrada do Homem-Aranha no MCU e começa
a adicionar toques de seriedade de uma forma gradativa, porém eficiente. E mais
do que renegar o que fizeram em De Volta ao Lar e Longe de Casa, os roteiristas
das novas sequencias Chris McKenna e Erik Sommers promovem uma evolução eficiente
para o herói e aqueles ao seu redor. Isso contribui muito para dar um tom épico
que essa aventura merece.
Sabendo da importância de cada personagem
envolvido, sejam os deste universo, como a Tia May (Marisa Tomei) e os
inseparáveis Ned Leeds (Jacob Batalon) e MJ (Zendaya), ou os vilões que
retornam de outro lugar, o roteiro encontra espaço para lidar com cada
personagem de maneira satisfatória e muito nostálgica. Com tanta gente
envolvida, essa história poderia ter se tornado uma bagunça, mas esse problema
foi maravilhosamente contornado pelos produtos algo que poucas vezes foi visto
nas produções da Marvel. Agora chega de spoilers né? Vale muito a pena
assistir.
Chega a ser curioso que o Marvel Studios,
que costuma colocar em duas produções muitas pistas para o futuro, tenha
decidido olhar apenas para trás no caso do Homem-Aranha. Após ter colocado
Peter Parker ‘debaixo’ das asas dos Vingadores, o estúdio parece finalmente ter
tido a coragem de emancipá-lo, e o fez celebrando uma história ao longo de nove
filmes, dezenas de desenhos animados e milhares de revistas em quadrinhos. E
assim, o amigão da vizinhança volta a provar que estará em casa sempre que
quiser voltar para uma nova aventura.
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